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"Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia-a-dia." - Bezerra de Menezes

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

CAMPO AFETIVO

Usa a benevolência para com todos, mas especialmente para com os entes amados, quando não possam cumprir os encargos que assumem. 

Esse amigo resistiu, por muito tempo, a certo tipo de tentação, no entanto, sem forças para guardar os avisos da consciência, entrou em longo labirinto de remorsos do qual não sabe como sair. 

Essa companheira rogou amparo e compreensão, centenas de vezes, contudo, sem achar segurança no chão que pisava, resvalou para atitudes estranhas nas quais parece enlouquecer. 

Outro quis desfrutar um momento de felicidade, através da fuga aos próprios compromissos, entretanto, viu-se preso numa rede de enganos lamentáveis, induzindo almas queridas à rebeldia e ao sofrimento. 

Outro, ainda, a pretexto de repouso e entretenimento, esbarrou em vasto despenhadeiro de arrependimento e solidão. 

Ante os seres amados, envolvidos em acidentes da alma, silencia, abençoa-os e segue em teu próprio caminho. 

Ama-os, quais se mostram, e prossegue estrada adiante, na certeza de que tanto eles quanto nós, continuamos em plena vida, apoiados no amor e na sabedoria de Deus. 

Ditado pelo Espírito Meimei. Do livro 'Deus Aguarda'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 2 de dezembro de 2018

ALGO POR ELES, NESTE NATAL


Natal é tempo de pensar nos outros.

Vemos o quanto é bom compartilhar, dividir e trocar o eu pelo nós.

Natal é tempo de lavar a psicosfera do mundo.

Parece que ao longo dos meses do ano respiramos um ar pesado, difícil. Os pensamentos quase sempre estão em complicações, indignações, revoltas e tristezas várias.

O mundo anda tenso, inseguro, pessimista.

O Natal é a chance de quebrarmos isso, trazendo a figura de Jesus de volta para nossos corações.

Recordar aquele nascimento tão cheio de esperança, de docilidade e delicadeza que tantas vezes representamos nos palcos da Terra.

Parece que Ele nasce todos os anos... E isso nos acalma...

Enxerguemos cada Natal como esta chance de recomeçar, de renascer do Espírito, sem medo, sem traumas, com energias e vontade renovadas.

Nada de reclamações, nada de pessimismo, nada de palavras que mais nos afundam do que nos salvam.

Seriedade, sim. Compromisso com o bem, sempre. Porém, não deixemos que esses ares tão cheios de alegria se percam ao longo dos próximos meses.

Não esqueçamos de manter esse laço sempre apertado, o laço entre nós e o Criador, através da prece.

Conversemos sobre nós, façamos nosso balanço, agradeçamos, reflitamos. Peçamos algo, se achar que devemos, mas peçamos com sabedoria.

Não deixemos de orar pelo mundo e por aqueles que sofrem, pelos menos esclarecidos, pelos que caem, pelos que ainda não despertaram.

Jesus estará renascendo para eles também.

* * *

Compadeçamo-nos de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar. Eles estão em toda parte...

Quase sempre são vítimas da inquietação e do medo.

São casais que não se toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se encaminham para sofrimento maior.

São mães que rejeitam os filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio.

São amigos doentes ou desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que transportariam para a conquista da vitória e da paz em si mesmos.

São jovens, famintos de liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a satisfações imediatas, se entregam ao abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades com que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade futura.

Neste Natal, façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.

Pronunciemos algumas frases de otimismo e encorajamento.

Escrevamos algum bilhete que os reanime para a bênção de viver e servir.

Estendamos simpatia em algum gesto espontâneo de gentileza.

Não nos declaremos sem possibilidade de contribuir, nem digamos que temos todas as horas tomadas por encargos e serviços dos quais não nos podemos distanciar.

Façamos algo, no soerguimento do bem.

Nas realizações da fraternidade, quem ama faz o tempo.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Algo por eles, do livro Deus aguarda, pelo Espírito Meimei, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM. Em 6.12.2016.

Fonte: http://www.momento.com.br

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

UMA SÓ LUZ

Ninguém nega que provações amargam, que lutas complicam, que desentendimentos dificultam, que ofensas ferem. 

Ninguém nega isto. 

Entretanto, é imperioso considerar tudo isso na condição real com que se apresenta na escola da vida, isto é, por material didático imprescindível na elucidação e no aperfeiçoamento da alma. 

Rememora, a título de estudo, os últimos dez anos de existência, sobre os quais te eriges fisicamente agora. 

Examina a transitoriedade de todas as ocorrências que te entretecem a paisagem exterior. 

Enumera os obstáculos que atravessaste, muitos dos quais se te figuravam montanhas de aflição, e que hoje se te transformaram em experiências benditas. 

Recorda os companheiros que se distanciaram de ti ou dos quais te distanciaste, cuja ausência, antes da separação, te parecia insuportável e que atualmente resguardas na memória por benfeitores a que te reúnes, em espírito, dentro de mais altas dimensões de harmonia e entendimento. 

Conta os problemas de família que te agrediam antigamente, à feição de pesadelos, presentemente convertidos em vantagens e bênçãos, no caminho da própria vida. 

Anota o número de pessoas que, em outras ocasiões, interpretavas por adversários potenciais e que o tempo transfigurou em refúgios de paz e compreensão em teu benefício. 

E pondera quanto aos amigos que acreditavas detentores de longa existência, no corpo terrestre, e que, com surpresa, viste partir, no rumo da Espiritualidade Maior, antes de ti. 

Revisa tudo o que enxergaste, ouviste, acompanhaste e empreendeste, em apenas dois lustros de permanência na Terra, e verificarás que uma só luz persiste, acima de todos os fenômenos e acontecimentos do dia-a-dia, - a luz do amor que colocaste no dever retamente cumprido, perante as criaturas e ideais a que empenhaste o coração com o trabalho no bem dos outros, luz que permanece inapagável em nós e por nós, a iluminar-nos a estrada para a felicidade verdadeira, hoje e sempre. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Mãos Unidas'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

SERVE E CAMINHA

Tempo é doação da Providência Divina.

Tempo, no entanto, pra quê? 

Ocasião para agir e servir, aprender e caminhar para a frente, fazendo o melhor.

Realmente possuímos a valorosa legião dos companheiros que avançam dificilmente pelas escarpas do trabalho, sob fardos de obrigações que carregam com alegria, entretanto, ao nosso lado, temos uma legião muito mais vasta: - a dos companheiros expectantes. 

Traçam planos de elevação. 

Querem levantar grandes instituições de benemerência. 

Criam sugestões renovadoras para as realizações em andamento, sem se voltarem para os setores da ação. 

Confessam a realidade de certos fenômenos com que foram defrontados, como que a convidá-los para o exercício do bem. 

Relacionam casos familiares que lhes pareceram graves advertências. 

Descrevem sonhos admiráveis com que foram favorecidos. 

Comentam as relações sociais de que dispõem, junto das quais recolheram avisos e ensinamentos. 

No entanto, em seguida a semelhantes alegações, mostram-se desarvorados e indecisos, esquecendo-se de que é indispensável se desloquem na direção das atividades das quais se ergue o bem aos outros, a fim de que os outros lhes forneçam auxílio no momento oportuno. 

Quem se encontre imóvel no tempo, recorde que o tempo não para, nem retrocede. 

Não hesites.

Inicia a jornada do serviço ao próximo, onde estiveres. 

Faze algo. 

Desfaze-te de algum pertence de que mais utilizas, a benefício de alguém com necessidades maiores do que as tuas. 

Alivia os obstáculos em que algum enfermo se encontre. 

Age em favor de alguma criança sem proteção. 

Estende, pelo menos, essa ou aquela migalha de apoio às mães desvalidas. 

Afirma-nos o Evangelho que a fé sem obras é morta. 

Sonha e mentaliza, mas serve e caminha. 

Em qualquer crise de existência, conserve a calma construtiva, de vez que os nossos estados mentais são contagiosos e, asserenando os outros, estaremos especialmente agindo em auxílio a nós. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Paciência'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

*DESAPEGO* É ALICERCE DE *ELEVAÇÃO* - ANDRÉ LUIZ


Para Refletir:

De repente, tudo vai ficando tão simples que assusta.

A gente vai perdendo as necessidades, vai reduzindo a bagagem. As opiniões dos outros, são realmente dos outros e, mesmo que sejam sobre nós, não tem nenhuma importância.

Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada. E isso não faz a menor falta.

Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado, mas sim a vida que cada um escolheu experimentar.

Por fim, entendemos que tudo o que importa é ter paz e sossego, é viver sem medo, é fazer o que alegra o coração naquele momento. E só!

(A.D.)

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

RELIGIÃO E NÓS

Religião, em tese, é a presença do Criador na criatura, guiando a criatura no rumo da perfeição. 

Compreendendo assim, reconhecemos que todos os assuntos de administração humana são temas das leis humanas, que a todos nos compete respeitar e prestigiar. 

Entretanto, no mundo de nós mesmos, é justo contar com a religião para resolver-nos os problemas da vida íntima. 

E, se a religião não nos ajuda a conduzir atitudes e sentimentos... 

Se não nos ampara, nas horas de crise ou de tentação, ensinando-nos a observar e raciocinar... 

Se não nos suprime os conflitos de origem sexual, esclarecendo-nos que a comunhão afetiva se relaciona com a responsabilidade dos parceiros que a compartilham, baseando-se na lealdade aos compromissos assumidos e nas decisões da consciência de cada um... 

Se não nos propicia entendimento e resignação diante da dor, demonstrando-nos com os princípios de causa e efeito que nunca feriremos a alguém sem ferir a nós próprios... 

Se não nos imuniza contra a revolta, ante as aparentes desigualdades sociais, induzindo-nos a aceitar a Justiça de Deus imanente nas menores ocorrências da vida... 

Se não nos demonstra que a nossa renovação para o melhor pode acontecer em qualquer lugar e em qualquer tempo, tudo dependendo de nossa própria vontade... 

Se não nos favorece com visão nova da vida, para além do plano físico, arrancando-nos ao desespero e sustentando-nos a paz e a conformidade, nos dias cinzentos de adeus aos entes queridos, perante a separação temporária, à frente do túmulo... 

Então a religião terá fracassado, mas urge reconhecer que não fracassou e nem fracassará, em sua elevada missão de tutora maternal das criaturas terrestres, consolando-as e redimindo-as, nas múltiplas faixas de trabalho em que se especifica; e, por testemunho do que afirmamos, temos atualmente a Doutrina Espírita, entre os homens, restaurando o Cristianismo e explicando as leis que regem o ser e o destino, a vida e a morte, o sofrimento e a evolução, em todas as frentes da Humanidade. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Mãos Unidas'. Psicografia de Francisco Cândido Chavier.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

PARA MELHORAR

Conserva a fé em Deus e em ti mesmo.

Age servindo.

Constrói o bem que se nos mostre o alcance. 

Recusa qualquer idéia de desânimo e trabalha sempre. 

Aceita o fracasso por base de recomeço. 

Admite os outros, tais quais são. 

Não exijas de alguém aquilo que esse alguém ainda não te pode dar. 

 Auxilia aos companheiros de experiência, tanto quanto puderes. 

 Hoje, é possível que esse ou aquele amigo necessite de ti, entretanto, amanhã, é provável sejamos nós os necessitados. 

Não te aconselhes com a irritação, nem hospedes a tristeza que termina habitualmente no nevoeiro da inércia. 

 Respeita as idéias dos outros para que as tuas se façam respeitadas.

Sorri, ainda quando as dificuldades nos sitiem por todos os lados.

Esforça-te em descobrir o lado útil das situações e das pessoas. 

Não guardes ressentimentos. 

Não te queixes de ninguém, nem te lastimes. 

Valoriza o tempo e não te concedas o luxo das horas vazias. 

Enumera as bênçãos que o Senhor já te permite usufruir e serve sempre. 

Usa a paciência e a tolerância. 

Vive a própria vida e deixa que os outros vivam a existência que o Céu lhes concedeu. 

E se nos dispusermos realmente a melhorar-nos e a melhorar o nosso próprio caminho, estejamos na certeza de que a Divina Providência nos fará sempre o melhor. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Paciência'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 25 de novembro de 2018

A CRISE ACONTECE

É um momento infalível na existência de cada um.

A pessoa, bastas vezes, se acredita realizada, por haver concretizado aspirações que lhe pareciam demasiado altas, entretanto, o teste espiritual de confiança aparece de improviso.

É o parente que fraquejou em obrigações assumidas, comprometendo a tranqüilidade de todo o grupo familiar; a moléstia com gravidade imprevista; o afastamento de afeições das mais queridas ou a desencarnação de um ente amado... 

Nessas ocorrências, surge o momento de exame em que as nossas aquisições da vida íntima se fazem avaliadas. 

Diante desses testemunhos, alguns companheiros se desmandam na revolta ou se acomodam com a rebeldia, fugindo habitualmente para aventuras infelizes, adquirindo débitos de resgate difícil. 

Outros, porém, usam a coragem e a serenidade e aceitam as tribulações que os procuram, nelas reconhecendo valiosos fatores que os impelem à própria renovação. 

Quando te encontrares assim, numa hora grave e áspera, em que todas as vantagens que adquiriste no tempo te parecerem arrastar para o sofrimento, não desesperes, nem desanimes. 

Confia em Deus e segue para diante. 

Se reconheces a força do amparo mútuo, auxilia aos companheiros em provação, tanto quanto puderes, a fim de que o apoio alheio não te esqueça no dia de tuas próprias dificuldades. 

Ainda que os amigos de outro tempo não te reconheçam em teus dias de inquietação, Deus te vê, provendo-te de recursos, segundo as tuas necessidades. 

Na atualidade terrestre, o homem se previne contra a carência de valores alimentícios, estocando gêneros de primeira utilidade; defende as estradas, afastando o risco de acidentes ou promove a vacinação, frustrando o surto de epidemias. Pensando nisso, entendamos o imperativo de exercitarmos fortaleza e compreensão, paciência e solidariedade, porque, de modo geral, em todas as existências do mundo, surge o dia em que a crise acontece.

Usa a paciência e a tolerância.

Vive a própria vida e deixa que os outros vivam a existência que o Céu lhes concedeu. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Paciência'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 24 de novembro de 2018

ABOLIÇÃO DO MAL

Quem se refere à perseguições e calúnias, rixas e desgostos, na maior parte das circunstâncias, está destacando a influência do mal. 

Quantos milhares de caminhos, entretanto, para equilíbrio e restauração, alegria e esperança se todos nos empenhássemos a extinguir impressões negativas no nascedouro!... 

Determinado amigo terá incorrido no erro de que o acusam, todavia se nos afastamos da censura que o envolve, anotando-lhe unicamente as qualidades nobres de filho de Deus, com possibilidades de recuperação iguais às nossas, mais depressa se verá liberto da inquietação na sombra para readquirir a tranqüilidade de consciência. 

Certo acontecimento menos feliz haverá sido indiscutivelmente um desastre social, no entanto, se nos abstemos de comentá-lo nos aspectos destrutivos, teremos cooperado para que se lhe pulverizem os destroços morais, sem piores conseqüências. 

Aquela injúria assacada contra nós efetivamente nos haverá queimado as entranhas do ser, entretanto desaparecerá nas correntes profundas do tempo, se nos consagramos a olvidá-la, sem comunicar-lhe o fogo devorador aos entes queridos, através de alegações menos edificantes. 

Essa confidência amarga ter-nos-á atingido o coração, por farpa invisível, mas não ferirá outros, se nos dispusermos a esquecê-la. 

Reflitamos na contribuição da paz a que todos somos chamados e para a qual todos somos capazes com segurança e eficiência. 

Para começar, porém, de maneira substanciosa e definitiva, é preciso que o mal cesse de agir, tão logo nos alcance, encontrando em cada um de nós uma estação terminal das trevas. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Mãos Unidas'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

SUPORTAR NOSSA CRUZ

A cruz do Cristo é a do exemplo e do sacrifício, induzindo-nos à subida espiritual, nos domínios da elevação. 

A nossa, porém, será, sobretudo, nós em nós mesmo. 

Agüentar-nos como temos sido nas múltiplas existências passadas. 

Carregar-nos com as imperfeições e dívidas que inadvertidamente acumulamos; entretanto, agradecendo e abençoando a lixívia de suor e pranto no resgate ou na tribulação com que as extirparemos. 

Em muitos episódios difíceis da existência, consideramos demasiadamente amargo o cálice da prova redentora que se nos destina, mas, de maneira geral, não é a medicação providencial nele contida que nos aflige e sim a nossa própria debilidade em aceita-la. 

Em numerosas crises do mundo, julgamos excessivamente pesada a carga dos desenganos que nos fustigam o espírito; no entanto, não é o volume das desilusões educativas, que nos são indispensáveis, aquilo que nos faz vergar os ombros da alma e sim o nosso orgulho ferido a se nos esfoguear por dentro do coração. 

Suportar a nossa cruz será tolerar as tendências inferiores que ainda nos caracterizam, sem acalenta-las, mas igualmente sem condenar-nos, por isso, diligenciando esgotar em serviço, em paciência, em serenidade e em abnegação a sucata de sombras que ainda transportamos habitualmente no fundo das nossas atividades de auto-aprimoramento ou reabilitação. 

Chorar, em muitas ocasiões, mas nunca desesperarmos. 

Errar ainda vezes muitas, no entanto, retificar-nos, em todos os lances da estrada, tantas vezes quantas se fizerem necessárias. 

Reconhecer-nos no espelho da própria consciência, resignar-nos com as nódoas e cicatrizes emocionais da culpa que ainda se nos estampam na face espiritual e acatar no trabalho e no sofrimento a presença de cirurgiões divinos, cujo esforço nos regenerará os tecidos sutis da alma, preparando-nos e instruindo-nos para o Mundo Melhor.

Suportar nossa cruz jamais será maldizê-la ou lamentá-la e sim acolher-nos imperfeitos como ainda somos, perante Deus, mas procurando, por todos os meios justos, melhorarnos e burilar-nos, avançando sempre, mesmo que vagarosamente, milímetro por milímetro, nos caminhos de ascensão para a Vida Eterna. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Rumo Certo'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

BENS E MALES

Quase sempre, na Terra, muitos bens são caminhos a muitos males e muitos males são caminhos a muitos bens. Por isso, muitas vezes, quem vive bem à frente dos preceitos humanos, pode estar mal ante as Leis Divinas. 

A dor, sendo um mal, é sempre um bem, se sabemos bem sofrê-la, enquanto que o prazer, sendo um bem, é sempre um mal se mal sabemos fruí-lo. Em razão disso, há muitas situações, nas quais o bem de hoje é o mal de amanhã, ao passo que o mal de agora é o bem que virá depois. 

Muita gente persegue o bem, fugindo ao bem verdadeiro e encontra o mal com que não contava e muita gente se desespera, a fim de desvencilhar-se do mal que não consegue entender e acaba encontrando o bem por surpresa divina. 

Há quem se ria no gozo dos bens do mundo para chorar nos males da Terra para colher os bens da Esfera Superior. 

Não procures unicamente estar bem, porquanto no bem apenas nosso talvez se ache oculto o mal que flagela os outros por nossa causa e o mal que flagela os outros por nossa causa é mal vivo em nós mesmos, a roubar-nos o bem que furtamos do próximo.

Se desejas entesourar na estrada o bem dos mensageiros do bem, atende, antes de tudo, ao bem dos semelhantes, sem cogitar do bem que se te faça posse exclusiva. Recordemos o Cristo que, aparentemente escravo ao mal do mundo, era o Senhor do Bem, a dominar, soberano, acima das circunstâncias terrestres, e, tentando seguir-Lhe o passo, aceitemos com valor, no mal da própria cruz, o roteiro do bem para a Grande Vida.

Ditado pelo Espírito Scheilla. Do livro 'Passos da Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

AUTO-DESOBSESSÃO

Se você já pode dominar a intemperança mental... 

Se esquece os próprios constrangimentos, a fim de cultivar o prazer de servir... 

Se sabe cultivar o comentário infeliz, sem passá-lo adiante... 

Se vence a indisposição contra o estudo e continua, tanto quanto possível, em contato com a leitura construtiva... 

Se olvida mágoas sinceramente, mantendo um espírito compreensivo e cordial, à frente dos ofensores... 

Se você se aceita como é, com as dificuldades e conflitos que tem, trabalhando com tudo aquilo que não pode modificar... 

Se persevera na execução dos seus propósitos enobrecedores, apesar de tudo que se faça ou fale contra você... 

Se compreende que os outros têm o direito de experimentar o tipo de felicidade a que se inclinem, como nos acontece... 

Se crê e pratica o princípio de que somente auxiliando o próximo, é que seremos auxiliados... 

Se é capaz de sofrer e lutar na seara do bem, sem trazer o coração amargoso e intolerante... 

Então, você estará dando passos largos para libertar-se da sombra, entrando, em definitivo, no trabalho da auto-desobsessão.

Ditado pelo Espírito André Luiz. Do livro 'Passos da Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

SE PROCURAS A PAZ


Olvida as ilusões e as mágoas que porventura te assaltem a mente, para que te fixes na certeza de que a vida encerra os germens da renovação incessante, em si própria, facultando-nos a conquista da verdadeira felicidade. 

Olvida o lado menos feliz dos companheiros de trabalho e de ideal, a fim de que lhes enxergues tão-somente as qualidades enobrecidas e as possibilidades de elevação. 

Olvida as injúrias recebidas, entesourando as bênçãos que te rodeiam. 

Olvida o azedume e a incompreensão dos adversários e esmera-te a conservar os amigos e irmãos que te apóiam as tarefas do dia-a-dia. 

Olvida os assuntos que provoquem a mentalização dos erros e tragédias da Humanidade e rende culto permanente aos feitos edificantes e heróicos em que os homens hajam exaltado a sua natureza divina. 

Olvida os fracassos que já te assediaram a existência e escora-te nas esperanças e realizações com que te diriges para o futuro. 

Olvida as reminiscências amargas e mantém na memória os acontecimentos felizes que se te erigiram na estrada, alguma vez, por motivos de euforia e plenitude espiritual. 

Olvida as dificuldades que te entravem a marcha e consagra-te ao serviço que já possas criar ou fazer na seara do amor ao próximo. 

Se procuras a paz, olvida todo mal e dedica-te ao bem, porquanto somente o bem te descerrará caminho para as bênçãos da Luz.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Passos da Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

POLÍTICA DIVINA

“Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.” —  Jesus (Lucas, 22:27)

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido. 

O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora. 

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo. 

Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado. 

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial. 

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios? 

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor. 

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo. 

Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal. 

Abençoa os que te perseguem e caluniam. 

Ora pela paz dos que te ferem. 

Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior. 

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho. 

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz. 

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio. 

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento. 

Levanta os caídos. 

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais. 

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação. 

Ama, compreende e perdoa sempre. 

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra? 

Lembra-­te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Vinha de Luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 6 de outubro de 2018

VÉUS

“Mas quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.” —  Paulo (II Coríntios, 3:16)  

Não é fácil rasgar os véus que ensombram a mente humana.

Quem apenas analisa, pode ser  defrontado por  dificuldades inúmeras, demorando-­se muito tempo nas interpretações alheias. 

Quem somente se convence pode tender ao dogmatismo feroz. 

Muitos cientistas e filósofos, escritores e pregadores assemelham­-se aos pássaros de bela plumagem, condenados a baixo vôo em cipoais extensos. Vigorosas inteligências, temporariamente frustradas por  véus espessos, estão sempre ameaçadas de surpresas dolorosas, por não se afeiçoarem, realmente, às verdades que elas mesmas admitem e ensinam.

Exportadores de teorias, olvidam os tesouros da prática e daí as dúvidas e negações que, por vezes, lhes assaltam o entendimento. 

Esperam o bem que ainda não semearam e exigem patrimônios que não  construíram, por descuidados de si próprios. 

Conseguem teorizar valorosamente, aconselhar com êxito, mas, nos grandes momentos da vida, sentem­-se perplexos, confundidos, desalentados... É que lhes falta a verdadeira transformação  para o bem, com o Cristo, e, para que sintam efetivamente a vida eterna com o Senhor, é indispensável se convertam ao serviço  de redenção. Somente quando chegam a semelhante cume espiritual é que se libertam dos véus pesados que lhes obscurecem o coração e o entendimento, atingindo as esferas superiores, em vôos sublimes para a Divindade.

Ditado pelo Espírito Emmanuel . Do livro 'Vinha de Luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

NÃO ENTENDEM

“Querendo ser doutores da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.” — Paulo (I Timóteo, 1:7)

Em todos os lugares surgem multidões que abusam da palavra. 

Avivam­-se discussões destrutivas, na esfera da ciência, da política, da filosofia, da religião. Todavia, não somente nesses setores da atividade intelectual se manifestam semelhantes desequilíbrios. 

A sociedade comum, em quase todo o mundo, é campo de batalha, nesse particular, em vista da condenável influência dos que se impõem por doutores em informações descabidas. Pretensiosas autoridades nos pareceres gratuitos, espalham a perturbação geral, adiam realizações edificantes, destroem grande parte dos germens do bem, envenenam fontes de generosidade e fé e, sobretudo, alterando as correntes do progresso, convertem os santuários domésticos em trincheiras da hostilidade cordial. 

São esses envenenadores inconscientes que difundem a desarmonia, não entendendo o que afirmam. 

Quem diz, porém, alguma coisa está semeando algo no solo da vida, e quem determina isto ou aquilo está consolidando a semeadura. 

Muitos espíritos nobres são cultivadores das árvores da verdade, do bem e da luz; entretanto, em toda parte movimentam­se também os semeadores do escalracho da ignorância, dos cardos da calúnia, dos espinhos da maledicência. Através deles opera­-se a perturbação e o estacionamento. Abusam do verbo, mas pagam a leviandade a dobrado preço, porquanto, embora desejem ser doutores da lei e por mais intentem confundir-­lhe os parágrafos e ainda que dilatem a própria insensatez por muito tempo, mais se aproximam dos resultados de suas ações, no círculo das quais essa mesma lei lhes impõe as realidades da vida eterna, através da desilusão, do sofrimento e da morte.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Vinha de luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

OBRA INDIVIDUAL

“Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.” —  (Tiago, 5:20)

Quando um homem comete uma ação má, os reflexos dela perduram, por  muito tempo, na atmosfera espiritual em que ele vive. 

A criatura ignorante que a observa se faz pior. 

Os olhos menos benevolentes que a vêem se tornam mais duros. 

O homem quase retificado que a identifica estaciona e desanima. 

O missionário do bem que a surpreende encontra mais dificuldades para socorrer os outros. 

Em derredor de um gesto descaridoso, congregam­-se a indisciplina, o  despeito, a revolta e a vingança, associando-­se em operações mentais malignas e destrutivas. 

Uma boa ação, contudo, edifica e ilumina sempre. 

A criatura ignorante que a observa aprende a elevar­-se. 

Os olhos menos benevolentes que a vêem recebem nova claridade para a vida íntima. 

O homem quase retificado que a identifica adquire mais fortaleza para restaurar­-se. 

O missionário do bem que a surpreende nela se exalta, a benefício do seu  apostolado de luz. 

Em torno da manifestação cristã enlaçam­-se a gratidão, a alegria, a esperança e o otimismo, organizando criações mentais iluminativas e santificantes. 

Se desejas, portanto, propagar o espírito sublime do Cristianismo, atende à obra individual com Jesus.

 Afasta os corações amados do campo escuro do erro, através de teus atos que constituem lições vivas do amor edificante. 

Recorda­-te de que pela conversão verdadeira e substancial de um só espírito  ao Infinito Bem, escuras multidões de males poderão desaparecer para sempre.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Vinha de Luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 16 de setembro de 2018

O CAMINHO

“Eu sou o caminho...”  Jesus (João, 14:6) 

Há muita gente acreditando, ainda, na Terra, que o Cristianismo seja uma panacéia como tantas para a salvação das almas. 

Para essa casta de crentes, a vida humana é um processo de gozar o possível no corpo de carne, reservando­-se a luz da fé para as ocasiões de sofrimento  irremediável. 

Há decadência na carne? Procura­-se o aconchego dos templos. 

Veio a morte de pessoas amadas? Ouve­-se uma ou  outra pregação  que auxilie a descida de lágrimas momentâneas. 

Há desastres? Dobram-­se os joelhos, por alguns minutos, e aguarda­-se a intervenção celeste. 

Usa-se a oração, em momentos excepcionais, à maneira de pomada miraculosa, somente aconselhável à pele, em ocasiões de ferimento grave. 

A maioria dos estudantes do Evangelho parecem esquecer que o Senhor se nos revelou como sendo o caminho... 

Não se compreende estrada sem proveito. 

Abraçar o Cristianismo é avançar para a vida melhor. 

Aceitar a tutela de Jesus e marchar, em companhia d’Ele, é aprender  sempre e servir diariamente, com renovação incessante para o bem infinito, porque o  trabalho construtivo, em todos os momentos da vida, é a jornada sublime da alma, no rumo do conhecimento e da virtude, da experiência e da elevação. 

Zonas sem estradas que lhes intensifiquem o serviço e o  transporte são  regiões de economia paralítica. 

Cristãos que não aproveitam o caminho do Senhor para alcançarem a legítima prosperidade espiritual são criaturas voluntariamente condenadas à estagnação.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Vinha de Luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 15 de setembro de 2018

AOS DISCÍPULOS

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.”  —  Paulo (I Coríntios, 1:23) 

A  vida  moderna,  com  suas  realidades  brilhantes,  vai  ensinando  às  comunidades  religiosas  do  Cristianismo  que  pregar  é  revelar  a  grandeza  dos  princípios de Jesus nas próprias ações diárias.

O homem que se internou pelo território estranho dos discursos, sem atos  correspondentes à elevação da palavra, expõe­-se, cada vez mais, ao ridículo e à  negação.  

Há muitos séculos prevalece o movimento de filosofias utilitaristas.  

E, ainda agora, não escasseiam orientadores que cogitam da construção de  palácios  egoísticos  à  base  do  magnetismo  pessoal  e  psicólogos  que  ensinam  publicamente a sutil exploração das massas.  

É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os  aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade,  revelando em suas obras isoladas a experiência divina d’Aquele que preferiu a  crucificação ao pacto com o mal.

Novos discípulos, por isso, vão surgindo, além do sacerdócio organizado.  Irmãos  dos  sofredores,  dos  simples,  dos  necessitados,  os  espiritistas  cristãos  encontram obstáculos terríveis na cultura intoxicada do século e no espírito utilitário  das idéias comodistas.  

Há quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude  dos  aprendizes  espalhava  entre  os  judeus  e  à  falsa  impressão  de  loucura  que  despertava nos ânimos dos gregos.  

Os tempos de agora são aqueles mesmos que Jesus declarava chegados ao  Planeta; e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos  intelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posição do início. Entre eles surge o  continuador do Mestre, transmitindo­-lhe o ensinamento com o verbo santificado  pelas ações testemunhais.  

Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos.  

O aprendiz fiel, porém, não se atemoriza.  

O comercialismo da avareza permanecerá com o escândalo e a instrução  envenenada demorar-se­-á com os desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo,  seguirá adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Vinha de Luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O TRABALHADOR DIVINO

“Ele tem a pá na sua mão; limpará a sua eira a ajutará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com o fogo que nunca se apaga.”  —  João Batista (Lucas, 3:17) 

Apóstolos  e seguidores do Cristo, desde as  organizações primitivas do  movimento evangélico, designaram­-no através de nomes diversos.

Jesus foi chamado o Mestre, o Pastor, o Messias, o Salvador, o Príncipe da  Paz; todos esses títulos são justos e veneráveis; entretanto, não podemos esquecer,  ao lado dessas evocações sublimes, aquela inesperada apresentação do Batista. O  Precursor designa-­o por trabalhador atento que tem a pá nas mãos, que limpará o  chão duro e inculto, que recolherá o trigo na ocasião adequada e que purificará os  detritos com a chama da justiça e do amor que nunca se apaga.

Interessante notar que João não apresenta o Senhor empunhando leis, cheio  de  ordenações  e  pergaminhos,  nem  se  refere  a  Ele,  de  acordo  com  as  velhas  tradições  judaicas, que aguardavam o Divino Mensageiro num carro de glórias  magnificentes.  Refere­-se ao  trabalhador  abnegado  e  otimista.  A  pá rústica não  descansa ao seu lado, mas permanece vigilante em suas mãos e em seu espírito reina  a esperança de limpar a terra que lhe foi confiada às salvadoras diretrizes.  Todos vós que viveis empenhados nos serviços terrestres, por uma era melhor,  mantende aceso no coração o devotamento à causa do Evangelho do Cristo. Não nos  cerceiem dificuldades ou ingratidões. Desdobremos nossas atividades sob o precioso  estímulo da fé, porque conosco vai à frente, abençoando-­nos a humilde cooperação,  aquele trabalhador divino que limpará a eira do mundo.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 1 de setembro de 2018

CONFORME O AMOR

“Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem o Cristo morreu.”  Paulo (Romanos, 14:15)

Preconceitos dogmáticos fazem vítimas, em todos os tempos, e os herdeiros  do Cristianismo não faltaram nesse concerto de incompreensão.

Ainda  hoje,  os  processos  sectários,  embora  menos  rigorosos  nas  manifestações, continuam ferindo corações e menosprezando  sentimentos.

Noutra época, os discípulos procedentes do Judaísmo provocavam violentos  atritos,  em  face  das  tradições  referentes  à  comida  impura;  agora não  temos  o  problema  das  carnes  sacrificadas  no  Templo;  entretanto,  novos  formalismos  religiosos substituíram os velhos motivos de polêmica e discordância.

Há sacerdotes que só se sentem missionários em celebrando os ofícios que  lhes competem e crentes que não entendem a meditação e o serviço espiritualizante  senão em horas domingueiras, com a prece em exclusiva atitude corporal. 

O discípulo que já conseguiu sobrepor­se a semelhantes barreiras deve  cooperar em silêncio para estender os benefícios de sua vitória.

Constituiria absurdo transpor o obstáculo e continuar, deliberadamente, nas  demonstrações puramente convencionalistas, mas seria também ausência de caridade  atirar  impropérios  aos  pobres  irmãos  que  ainda  se  encontram  em  angustiosos  conflitos mentais por encontrarem a si mesmo, dentro da idéia augusta de Deus.  Quando reparares algum amigo prisioneiro dessas ilusões, recorda que o Mestre foi  igualmente à cruz por causa dele. Situa a bondade à frente da análise e a tua  observação será construtiva e santificante. Toda vez que houver compreensão no  cântaro de tua alma, encontrarás infinitos recursos para auxiliar, amar e servir. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

DIREITO SAGRADO

“ Porque e vós foi concedido, em relação ao Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.”  Paulo (Filipenses, 1:29) 

Cooperar  pessoalmente  com  os  administradores  humanos,  em  sentido  direto,  sempre  constitui  objeto  da  ambição  dos  servidores  dessa  ou  daquela  organização terrestre.

Ato invariável de confiança, a partilha da responsabilidade, entre o superior  que sabe determinar e fazer justiça e o subordinado que sabe servir, institui a base de  harmonia para a ação diária, realização essa que todas as instituições procuram  atingir. Muitos discípulos do Cristianismo parecem ignorar que, em relação a Jesus,  a reciprocidade é a mesma, elevada ao grau máximo, no terreno da fidelidade e da  compreensão.

Mais  entendimento  do  programa  divino  significa  maior  expressão  de  testemunho individual nos serviços do Mestre.

Competência dilatada– deveres crescidos.

Mais luz–mais visão. 

Muitos  homens,  naturalmente  aproveitáveis  em  certas  características  intelectuais, mas ainda enfermos da mente, desejariam aceitar o Salvador e crer  n’Ele, mas não conseguem, de pronto, semelhante edificação íntima. Em vista da  ignorância que não removem e dos caprichos que acariciam, falta­-lhes a integração  no direito de sentir as verdades de Jesus, o que somente conseguirão quando se  reajustem, o que se faz indispensável.

Todavia, o discípulo admitido aos benefícios da crença, foi considerado  digno de conviver espiritualmente com o Mestre.

Entre ele e o Senhor já existe a partilha da confiança e da responsabilidade.

Contudo,  enquanto  perseveram  as  alegrias  de  Belém  e  as  glórias  de  Cafarnaum, o trabalho da fé se desdobra maravilhoso, mas, em sobrevindo a divisão  das angústias da cruz, muitos aprendizes fogem receando o sofrimento e revelando­-se indignos da escolha. Os que assim procedem, categorizam­-se à conta de loucos,  porquanto,  subtrair­-se  à  colaboração  com  o  Cristo,  é  menosprezar  um  direito  sagrado.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

GLÓRIA CRISTÃ

“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência.” — Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 1, versículo 12.) 

Desde as tribos selvagens, que precederam a organização das famílias humanas, tem sido a Terra grande palco utilizado na exibição das glórias passageiras.

A concorrência intensificou a procura de titulos honorificos transitórios.

O mundo desde muito conhece glórias sangrentas da luta homicida, glórias da avareza nos cofres da fortuna morta, do orgulho nos pergaminhos brasanados e inúteis, da vaidade nos prazeres mentirosos que precedem o sepulcro; a ciência cristaliza as que lhe dizem respeito nas academias isoladas; as religiões sectaristas nas pompas externas e nas expressões do proselitismo. 

Num plano onde campeiam tantas glórias fáceis, a do cristão é mais profunda, mais difícil. A vitória do seguidor de Jesus é quase sempre no lado inverso dos triunfos mundanos. É o lado oculto. Raros conseguem vê-lo com olhos mortais.

Entretanto, essa glória é tão grande que o mundo não a proporciona, nem pode subtraí-la. É o testemunho da consciência própria, transformada em tabernáculo do Cristo vivo.

No instante divino dessa glorificação, deslumbra-se a alma ante as perspectivas do Infinito. É que algo de estranho aconteceu aí dentro, na cripta misteriosa do coração: o filho achou seu Pai em plena eternidade. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida.' Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

EMBAIXADORES DO CRISTO

“De sorte que somos embaixadores da parte do Cristo.” — Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 5, versículo 20.)

Na catalogação dos valores sociais, todo homem de trabalho honesto é portador de determinada delegação.

Se os políticos e administradores guardam responsabilidades do Estado, os operários recebem encargos naturais das oficinas a que emprestam seus esforços.

Cada homem de bem é mensageiro do centro de realizações onde atende ao movimento da vida, em atividade enobrecedora.

As ruas estão cheias de emissários das repartições, das fábricas, dos institutos, dos órgãos de fiscalização, produção, amparo e ensino, cujos interesses conjugados operam a composição da harmonia social.

É necessário, contudo, não esquecermos que os valores da vida eterna não permaneceriam no mundo sem representantes.

Cristo possui embaixadores permanentes em seus discípulos sinceros.

Importa considerar que na presente afirmativa de Paulo de Tarso não vemos alusão ao sacerdócio presunçoso.

Todos os colaboradores leais de Jesus, em qualquer situação da vida e no lugar mais longínquo da Terra, são conhecidos na sede espiritual dos serviços divinos. É com eles, cooperadores devotados e muita vez desconhecidos dos beneficiários do mundo, que se movimenta o Mestre, cada dia, estendendo o Evangelho aplicado entre as criaturas terrestres, até à vitória final.

Entendendo esta verdade, consulta as próprias tendências, atos e pensamentos. Repara a quem serves, porque, se já recebeste a Boa Nova da Redenção, é tempo de te tornares embaixador de sua luz.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida', Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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