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"Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia-a-dia." - Bezerra de Menezes

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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

SUPORTAR NOSSA CRUZ

A cruz do Cristo é a do exemplo e do sacrifício, induzindo-nos à subida espiritual, nos domínios da elevação. 

A nossa, porém, será, sobretudo, nós em nós mesmo. 

Agüentar-nos como temos sido nas múltiplas existências passadas. 

Carregar-nos com as imperfeições e dívidas que inadvertidamente acumulamos; entretanto, agradecendo e abençoando a lixívia de suor e pranto no resgate ou na tribulação com que as extirparemos. 

Em muitos episódios difíceis da existência, consideramos demasiadamente amargo o cálice da prova redentora que se nos destina, mas, de maneira geral, não é a medicação providencial nele contida que nos aflige e sim a nossa própria debilidade em aceita-la. 

Em numerosas crises do mundo, julgamos excessivamente pesada a carga dos desenganos que nos fustigam o espírito; no entanto, não é o volume das desilusões educativas, que nos são indispensáveis, aquilo que nos faz vergar os ombros da alma e sim o nosso orgulho ferido a se nos esfoguear por dentro do coração. 

Suportar a nossa cruz será tolerar as tendências inferiores que ainda nos caracterizam, sem acalenta-las, mas igualmente sem condenar-nos, por isso, diligenciando esgotar em serviço, em paciência, em serenidade e em abnegação a sucata de sombras que ainda transportamos habitualmente no fundo das nossas atividades de auto-aprimoramento ou reabilitação. 

Chorar, em muitas ocasiões, mas nunca desesperarmos. 

Errar ainda vezes muitas, no entanto, retificar-nos, em todos os lances da estrada, tantas vezes quantas se fizerem necessárias. 

Reconhecer-nos no espelho da própria consciência, resignar-nos com as nódoas e cicatrizes emocionais da culpa que ainda se nos estampam na face espiritual e acatar no trabalho e no sofrimento a presença de cirurgiões divinos, cujo esforço nos regenerará os tecidos sutis da alma, preparando-nos e instruindo-nos para o Mundo Melhor.

Suportar nossa cruz jamais será maldizê-la ou lamentá-la e sim acolher-nos imperfeitos como ainda somos, perante Deus, mas procurando, por todos os meios justos, melhorarnos e burilar-nos, avançando sempre, mesmo que vagarosamente, milímetro por milímetro, nos caminhos de ascensão para a Vida Eterna. 

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Rumo Certo'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

BENS E MALES

Quase sempre, na Terra, muitos bens são caminhos a muitos males e muitos males são caminhos a muitos bens. Por isso, muitas vezes, quem vive bem à frente dos preceitos humanos, pode estar mal ante as Leis Divinas. 

A dor, sendo um mal, é sempre um bem, se sabemos bem sofrê-la, enquanto que o prazer, sendo um bem, é sempre um mal se mal sabemos fruí-lo. Em razão disso, há muitas situações, nas quais o bem de hoje é o mal de amanhã, ao passo que o mal de agora é o bem que virá depois. 

Muita gente persegue o bem, fugindo ao bem verdadeiro e encontra o mal com que não contava e muita gente se desespera, a fim de desvencilhar-se do mal que não consegue entender e acaba encontrando o bem por surpresa divina. 

Há quem se ria no gozo dos bens do mundo para chorar nos males da Terra para colher os bens da Esfera Superior. 

Não procures unicamente estar bem, porquanto no bem apenas nosso talvez se ache oculto o mal que flagela os outros por nossa causa e o mal que flagela os outros por nossa causa é mal vivo em nós mesmos, a roubar-nos o bem que furtamos do próximo.

Se desejas entesourar na estrada o bem dos mensageiros do bem, atende, antes de tudo, ao bem dos semelhantes, sem cogitar do bem que se te faça posse exclusiva. Recordemos o Cristo que, aparentemente escravo ao mal do mundo, era o Senhor do Bem, a dominar, soberano, acima das circunstâncias terrestres, e, tentando seguir-Lhe o passo, aceitemos com valor, no mal da própria cruz, o roteiro do bem para a Grande Vida.

Ditado pelo Espírito Scheilla. Do livro 'Passos da Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

AUTO-DESOBSESSÃO

Se você já pode dominar a intemperança mental... 

Se esquece os próprios constrangimentos, a fim de cultivar o prazer de servir... 

Se sabe cultivar o comentário infeliz, sem passá-lo adiante... 

Se vence a indisposição contra o estudo e continua, tanto quanto possível, em contato com a leitura construtiva... 

Se olvida mágoas sinceramente, mantendo um espírito compreensivo e cordial, à frente dos ofensores... 

Se você se aceita como é, com as dificuldades e conflitos que tem, trabalhando com tudo aquilo que não pode modificar... 

Se persevera na execução dos seus propósitos enobrecedores, apesar de tudo que se faça ou fale contra você... 

Se compreende que os outros têm o direito de experimentar o tipo de felicidade a que se inclinem, como nos acontece... 

Se crê e pratica o princípio de que somente auxiliando o próximo, é que seremos auxiliados... 

Se é capaz de sofrer e lutar na seara do bem, sem trazer o coração amargoso e intolerante... 

Então, você estará dando passos largos para libertar-se da sombra, entrando, em definitivo, no trabalho da auto-desobsessão.

Ditado pelo Espírito André Luiz. Do livro 'Passos da Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

SE PROCURAS A PAZ


Olvida as ilusões e as mágoas que porventura te assaltem a mente, para que te fixes na certeza de que a vida encerra os germens da renovação incessante, em si própria, facultando-nos a conquista da verdadeira felicidade. 

Olvida o lado menos feliz dos companheiros de trabalho e de ideal, a fim de que lhes enxergues tão-somente as qualidades enobrecidas e as possibilidades de elevação. 

Olvida as injúrias recebidas, entesourando as bênçãos que te rodeiam. 

Olvida o azedume e a incompreensão dos adversários e esmera-te a conservar os amigos e irmãos que te apóiam as tarefas do dia-a-dia. 

Olvida os assuntos que provoquem a mentalização dos erros e tragédias da Humanidade e rende culto permanente aos feitos edificantes e heróicos em que os homens hajam exaltado a sua natureza divina. 

Olvida os fracassos que já te assediaram a existência e escora-te nas esperanças e realizações com que te diriges para o futuro. 

Olvida as reminiscências amargas e mantém na memória os acontecimentos felizes que se te erigiram na estrada, alguma vez, por motivos de euforia e plenitude espiritual. 

Olvida as dificuldades que te entravem a marcha e consagra-te ao serviço que já possas criar ou fazer na seara do amor ao próximo. 

Se procuras a paz, olvida todo mal e dedica-te ao bem, porquanto somente o bem te descerrará caminho para as bênçãos da Luz.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Passos da Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

POLÍTICA DIVINA

“Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.” —  Jesus (Lucas, 22:27)

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido. 

O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora. 

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo. 

Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado. 

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial. 

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios? 

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor. 

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo. 

Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal. 

Abençoa os que te perseguem e caluniam. 

Ora pela paz dos que te ferem. 

Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior. 

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho. 

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz. 

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio. 

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento. 

Levanta os caídos. 

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais. 

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação. 

Ama, compreende e perdoa sempre. 

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra? 

Lembra-­te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Vinha de Luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 6 de outubro de 2018

VÉUS

“Mas quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.” —  Paulo (II Coríntios, 3:16)  

Não é fácil rasgar os véus que ensombram a mente humana.

Quem apenas analisa, pode ser  defrontado por  dificuldades inúmeras, demorando-­se muito tempo nas interpretações alheias. 

Quem somente se convence pode tender ao dogmatismo feroz. 

Muitos cientistas e filósofos, escritores e pregadores assemelham­-se aos pássaros de bela plumagem, condenados a baixo vôo em cipoais extensos. Vigorosas inteligências, temporariamente frustradas por  véus espessos, estão sempre ameaçadas de surpresas dolorosas, por não se afeiçoarem, realmente, às verdades que elas mesmas admitem e ensinam.

Exportadores de teorias, olvidam os tesouros da prática e daí as dúvidas e negações que, por vezes, lhes assaltam o entendimento. 

Esperam o bem que ainda não semearam e exigem patrimônios que não  construíram, por descuidados de si próprios. 

Conseguem teorizar valorosamente, aconselhar com êxito, mas, nos grandes momentos da vida, sentem­-se perplexos, confundidos, desalentados... É que lhes falta a verdadeira transformação  para o bem, com o Cristo, e, para que sintam efetivamente a vida eterna com o Senhor, é indispensável se convertam ao serviço  de redenção. Somente quando chegam a semelhante cume espiritual é que se libertam dos véus pesados que lhes obscurecem o coração e o entendimento, atingindo as esferas superiores, em vôos sublimes para a Divindade.

Ditado pelo Espírito Emmanuel . Do livro 'Vinha de Luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

NÃO ENTENDEM

“Querendo ser doutores da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.” — Paulo (I Timóteo, 1:7)

Em todos os lugares surgem multidões que abusam da palavra. 

Avivam­-se discussões destrutivas, na esfera da ciência, da política, da filosofia, da religião. Todavia, não somente nesses setores da atividade intelectual se manifestam semelhantes desequilíbrios. 

A sociedade comum, em quase todo o mundo, é campo de batalha, nesse particular, em vista da condenável influência dos que se impõem por doutores em informações descabidas. Pretensiosas autoridades nos pareceres gratuitos, espalham a perturbação geral, adiam realizações edificantes, destroem grande parte dos germens do bem, envenenam fontes de generosidade e fé e, sobretudo, alterando as correntes do progresso, convertem os santuários domésticos em trincheiras da hostilidade cordial. 

São esses envenenadores inconscientes que difundem a desarmonia, não entendendo o que afirmam. 

Quem diz, porém, alguma coisa está semeando algo no solo da vida, e quem determina isto ou aquilo está consolidando a semeadura. 

Muitos espíritos nobres são cultivadores das árvores da verdade, do bem e da luz; entretanto, em toda parte movimentam­se também os semeadores do escalracho da ignorância, dos cardos da calúnia, dos espinhos da maledicência. Através deles opera­-se a perturbação e o estacionamento. Abusam do verbo, mas pagam a leviandade a dobrado preço, porquanto, embora desejem ser doutores da lei e por mais intentem confundir-­lhe os parágrafos e ainda que dilatem a própria insensatez por muito tempo, mais se aproximam dos resultados de suas ações, no círculo das quais essa mesma lei lhes impõe as realidades da vida eterna, através da desilusão, do sofrimento e da morte.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Vinha de luz'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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