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"Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia-a-dia." - Bezerra de Menezes

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domingo, 30 de abril de 2017

CONSERVA O MODELO

  
Distribui os recursos que a Providência te encaminhou às mãos operosas, todavia, não te esqueças de que a palavra confortadora ao aflito representa serviço direto de teu coração na sementeira do bem.

O pão do corpo é uma esmola pela qual sempre receberás a justa recompensa, mas o sorriso amigo é uma bênção para a eternidade.

Envia mensageiros ao socorro fraternal, contudo, não deixes, pelo menos uma vez por outra, de visitar o irmão doente e ouvi-lo em pessoa.

A expedição de auxílio é uma gentileza que te angariará simpatia, no entanto, a intervenção direta no amparo ao necessitado conferirte-á preparação espiritual à frente das próprias lutas.

Sobe à tribuna e ensina o caminho redentor aos semelhantes; todavia, interrompe as preleções, de vez em quando, a fim de assinalar o lamento de um companheiro na experiência humana, ainda mesmo quando se trata de um filho do desespero ou da ignorância, para que não percas o senso das proporções em tua marcha.

Cultiva as flores do jardim particular de tuas afeições mais queridas, porque, sem o canteiro de experimentação, é muito difícil atender à lavoura nobre e intensiva, mas não fujas sistematicamente à floresta humana, com receio dos vermes e monstros que a povoam, porquanto é imprescindível te prepares a avançar, mais tarde, dentro dela.

Nos círculos da vida, não olvides a necessidade do ensinamento gravado em ti mesmo.

Assim como não podes tomar alimento individual, através de um substituto, e nem podes aprender a lição, guardando-lhe os caracteres na memória alheia, não conseguirás comparecer, ante as Forças Supremas da Sabedoria e do Amor, com realizações e vitórias que não tenham sido vividas e conquistadas por ti mesmo.

“Conserva”, pois, contigo, “o modelo das sãs palavras”.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 29 de abril de 2017

EM CADEIAS

 

Observamos nesta passagem o apóstolo dos gentios numa afirmativa que parece contraditória, à primeira vista.

Paulo alega a condição de emissário em cadeias e, simultaneamente, declara que isto ocorre para que possa servir ao Evangelho, livremente, quanto convinha.

O grande trabalhador dirigia-se aos companheiros de Éfeso, referindo-se à sua angustiosa situação de prisioneiro das autoridades romanas; entretanto, por isto mesmo, em vista do difícil testemunho, trazia o espírito mais livre para o serviço que lhe competia realizar.

O quadro é significativo para quantos pretendem a independência econômico-financeira ou demasiada liberdade no mundo, a fim de exemplificarem os ensinamentos evangélicos.

Há muita gente que declara aguardar os dias da abundância material e as facilidades terrestres para atenderem ao idealismo cristão. Isto, contudo, é contra-senso. O serviço de Jesus se destina a todo lugar.

Paulo, entre cadeias, se sentia mais livre na pregação da verdade.

Naturalmente, nem todos os discípulos estarão atravessando esses montes culminantes do testemunho. Todos, porém, sem distinção, trazem consigo as santas algemas das obrigações diárias no lar, no trabalho comum, na rotina das horas, no centro da sociedade e da família.

Ninguém, portanto, tente quebrar as cadeias em que se encontra, na mentirosa suposição de que se candidatará a melhor posto nas oficinas do Cristo.

Somente o dever bem cumprido nos confere acesso à legítima liberdade.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

RAZÃO DOS APELOS

 

A pergunta de Pedro ao centurião Cornélio é traço de grande significação nos atos apostólicos.

O funcionário romano era conhecido por suas tradições de homem caridoso e reto, invocava a presença do discípulo de Jesus atendendo a elevadas razões de ordem moral, após generoso alvitre de um emissário do Céu e, contudo, atingindo-lhe o círculo doméstico, o expescador de Cafarnaum interroga, sensato:

– “Por que razão mandastes chamar-me?”

Simão precisava conhecer as finalidades de semelhante exigência, tanto quanto o servidor vigilante necessita saber onde pisa e com que fim é convocado aos campos alheios.

Esse quadro expressivo sugere muitas considerações aos novos aprendizes do Evangelho.

Muita gente, por ouvir referências a esse ou àquele Espírito elevado costuma invocar-lhe a presença nas reuniões doutrinárias.

A resolução, porém, é intempestiva e desarrazoada.

Por que reclamar a companhia que não merecemos?

Não se pode afirmar que o impulso se filie à leviandade, entretanto, precisamos encarecer a importância das finalidades em jogo.

Imaginai-vos chamando Simão Pedro a determinado círculo de oração e figuremos a aquiescência do venerável apóstolo ao apelo. Naturalmente, sereis obrigados a expor ao grande emissário celestial os motivos da requisição. E, pautando no bom senso as nossas atitudes mentais, indaguemos de nós mesmos se possuímos bastante elevação para ver, ouvir e compreender-lhe o espírito glorioso. Quem de nós responderá afirmativamente? Teremos, assim, suficiente audácia de invocar o sublime Cefas, tão-somente para ouvi-lo falar?

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

SIGAMOS ATÉ LÁ

 
Na oração dominical, Jesus ensina aos cooperadores a necessidade de observância plena dos desígnios do Pai.

Sabia o Mestre que a vontade humana é ainda muito frágil e que inúmeras lutas rodeiam a criatura até que aprenda a estabelecer a união com o Divino.

Apesar disso, a lição da prece foi sempre interpretada pela maioria dos crentes como recurso de fácil obtenção do amparo celestial.

Muitos pedem determinados favores e recitam maquinalmente as fórmulas verbais.

Certamente, não podem receber imediata satisfação aos caprichos próprios, porque, no estado de queda ou de ignorância, o espírito necessita, antes de tudo, aprender a submeter-se aos desígnios divinos, a seu respeito.

Alcançaremos, porém, a época das orações integralmente atendidas.

Atingiremos semelhante realização quando estivermos espiritualmente em Cristo. Então, quanto quisermos, ser-nos-á feito, porquanto teremos penetrado o justo sentido de cada coisa e a finalidade de cada circunstância.

Estaremos habilitados a querer e a pedir, em Jesus, e a vida se nos apresentará em suas verdadeiras características de infinito, eternidade, renovação e beleza.

Na condição de encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre, a fim de que possamos experimentar a união gloriosa com o seu amor. Até lá, trabalhemos e vigiemos para compreender a vontade divina.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

AS TESTEMUNHAS


Este conceito de Paulo de Tarso merece considerações especiais, por parte dos aprendizes do Evangelho.

Cada existência humana é sempre valioso dia de luta – generoso degrau para a ascensão infinita – e, em qualquer posição que permaneça, a criatura estará cercada por enorme legião de testemunhas.

Não nos reportamos tão-somente àquelas que constituem parte integrante do quadro doméstico, mas, acima de tudo, aos amigos e benfeitores de cada homem, que o observam nos diferentes ângulos da vida, dos altiplanos da espiritualidade superior.

Em toda parte da Terra, o discípulo respira rodeado de grande nuvem de testemunhas espirituais, que lhe relacionam os passos e anotam as atitudes, porque ninguém alcança a experiência terrestre, a esmo, sem razões sólidas com bases no amor ou na justiça.

Antes da reencarnação, Espíritos generosos endossaram as súplicas da alma arrependida, juízes funcionaram nos processos que lhe dizem respeito, amigos interferiram nos serviços de auxílio, contribuindo na organização de particularidades da luta redentora...

Esses irmãos e educadores passam a ser testemunhas permanentes do tutelado, enquanto perdura a nova tarefa e lhe falam sem palavras, nos refolhos da consciência. Filhos e pais, esposos e esposas, irmãos e parentes consangüíneos do mundo são protagonistas do drama evolutivo. Os observadores, em geral, permanecem no outro lado da vida.

Faze, pois, o bem possível aos teus associados de luta, no dia de hoje, e não te esqueças dos que te acompanham, em espírito, cheios de preocupação e amor.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 25 de abril de 2017

PRESERVA A TI PRÓPRIO

 

A semente valiosa que não ajudas, pode perder-se.

A árvore tenra que não proteges, permanece exposta à destruição.

A fonte que não amparas, poderá secar-se.

A água que não distribuis, forma pântanos.

O fruto não aproveitado, apodrece.

A terra boa que não defendes, é asfixiada pela erva inútil.

A enxada que não utilizas, cria ferrugem.

As flores que não cultivas, nem sempre se repetem.

O amigo que não conservas, foge do teu caminho.

A medicação que não respeitas na dosagem e na oportunidade que lhe dizem respeito, não te beneficia o campo orgânico.

Assim também é a Graça Divina.

Se não guardas o favor do Alto, respeitando-o em ti mesmo, se não usas os conhecimentos elevados que recebes para benefício da própria felicidade, se não prezas a contribuição que te vem de cima, não te vale a dedicação dos mensageiros espirituais. Debalde improvisarão eles milagres de amor e paciência, na solução de teus problemas, porque sem a adesão de tua vontade, ao programa regenerativo, todas as medidas salvadoras resultarão imprestáveis.

“Vai, e não peques mais.”

O ensinamento de Jesus é suficiente e expressivo.

O Médico Divino proporciona a cura, mas se não a conservamos, dentro de nós, ninguém poderá prever a extensão e as conseqüências dos novos desequilíbrios que nos sitiarão a invigilância.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 23 de abril de 2017

SACUDIR O PÓ

 
Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a poeira das sandálias, em se retirando desse ou daquele lugar de rebeldia ou impenitência. Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de palavras vazias.

O ensinamento, porém, é mais profundo. Recomenda a extinção do fermento doentio.

Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito nas bases da vida, em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no caminho de nossas experiências comuns.

Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem; entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzirnos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós.

Se alguém te não recebeu a boa-vontade, nem te percebeu a boa intenção, por que a perda de tempo em sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona os problemas espirituais. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 22 de abril de 2017

BOAS MANEIRAS

 

O Mestre, nesta passagem, proporciona inolvidável ensinamento de boas maneiras.

Certo, a sentença revela conteúdo altamente simbólico, relativamente ao banquete paternal da Bondade Divina; todavia, convém deslocarmos o conceito a fim de aplicá-lo igualmente ao mecanismo da vida comum.

A recomendação do Salvador presta-se a todas as situações em que nos vejamos convocados a examinar algo de novo, junto aos semelhantes. Alguém que penetre uma casa ou participe de uma reunião pela primeira vez, timbrando demonstrar que tudo sabe ou que é superior ao ambiente em que se encontra, torna-se intolerável aos circunstantes.

Ainda que se trate de agrupamento enganado em suas finalidades ou intenções, não é razoável que o homem esclarecido, aí ingressando pela vez primeira, se faça doutrinador austero e exigente, porquanto, para a tarefa de retificar ou reconduzir almas, é indispensável que o trabalhador fiel ao bem inicie o esforço, indo ao encontro dos corações pelos laços da fraternidade legítima.

Somente assim, conseguirá alijar a imperfeição eficazmente, eliminando uma parcela de sombra, cada dia, através do serviço constante.

Sabemos que Jesus foi o grande reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao caminho dos homens para cumprir a Lei.

Não assaltes os lugares de evidência por onde passares. E, quando te detiveres com os nossos irmãos em alguma parte, não os ofusques com a exposição do quanto já tenhas conquistado nos domínios do amor e da sabedoria. Se te encontras decidido a cooperar pelo bem dos outros, apaga-te, de algum modo, a fim de que o próximo te possa compreender. Impondo normas ou exibindo poder, nada conseguirás senão estabelecer mais fortes perturbações.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

INTERCESSÃO


Muitas criaturas sorriem ironicamente quando se lhes fala das orações intercessórias.

O homem habituou-se tanto ao automatismo teatral que encontra certa dificuldade no entendimento das mais profundas manifestações de espiritualidade. A prece intercessória, todavia, prossegue espalhando benefícios com os seus valores inalterados.

Não é justo acreditar seja essa oração o incenso bajulatório a derramar-se na presença de um monarca terrestre a fim de obtermos certos favores.

A súplica da intercessão é dos mais belos atos de fraternidade e constitui a emissão de forças benéficas e iluminativas que, partindo do espírito sincero, vão ao objetivo visado por abençoada contribuição de conforto e energia. Isso não acontece, porém, a pretexto de obséquio, mas em conseqüência de leis justas. O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais não registram; só admite o auxilio tangível, no entanto, na própria natureza física vêem-se árvores venerandas que protegem e conservam ervas e arbustos, a lhes receberem as bênçãos da vida, sem lhes tocarem jamais as raízes e os troncos.

Não olvides os bens da intercessão.

Jesus orou por seus discípulos e seguidores, nas horas supremas.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

EM ESPÍRITO


Quem vive segundo as leis sublimes do espírito respira em esfera diferente do próprio campo material em que ainda pousa os pés.

Avançada compreensão assinala-lhe a posição íntima.

Vale-se do dia qual aprendiz aplicado que estima na permanência sobre a Terra valioso tempo de aprendizado que não deve menosprezar.

Encontra, no trabalho, a dádiva abençoada de elevação e aprimoramento.

Na ignorância alheia descobre preciosas possibilidades de serviço.

Nas dificuldades e aflições da estrada recolhe recursos à própria iluminação e engrandecimento.

Vê passar obstáculos como vê correr nuvens. Ama a responsabilidade, mas não se prende à posse.

Dirige com devotamento, contudo, foge ao domínio.

Ampara sem inclinações doentias.

Serve sem escravizar-se.

Permanece atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquieta pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento pertencem ao Eterno Doador.

Usufrutuário dos bens divinos, onde quer que se encontre, carrega consigo mesmo, na consciência e no coração, os próprios tesouros.

Bem-aventurado o homem que segue vida a fora em espírito!

Para ele, a morte aflitiva não é mais que alvorada de novo dia, sublime transformação e alegre despertar!

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francico Cândido Xavier.

domingo, 16 de abril de 2017

PENSAMENTOS


Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.

O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.

É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.

Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.

O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo.

Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.
 
Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

PERANTE JESUS

 
A compreensão do serviço do Cristo, entre as criaturas humanas, alcançará mais tarde a precisa amplitude, para a glorificação d’Aquele que nos segue de perto, desde o primeiro dia, esclarecendo-nos  o caminho com a divina luz.

Se cada homem culto indagasse de si mesmo, quanto ao fundamento essencial de suas atividades na Terra, encontraria sempre, no santuário interior, vastos horizontes para ilações de valor infinito.

Para quem trabalhou no século?

A quem ofereceu o fruto dos labores de cada dia? Não desejamos menoscabar a posição respeitável das pátrias, das organizações, da família e da personalidade; todavia, não podemos desconhecer-lhes  a expressão de relatividade no tempo. No transcurso dos anos, as fronteiras se modificam, as leis evolucionam, o grupo doméstico se renova e o homem se eleva para destinos sempre mais altos.

Tudo o que representa esforço da criatura foi realização de si mesma, no quadro de trabalhos permanentes do Cristo. O que temos efetuado nos séculos constitui benefício ou ofensa a nós mesmos, na obra que pertence ao Senhor e não a nós outros.

Legisladores e governados passam no tempo, com a bagagem que lhes é própria, e Jesus permanece a fim de ajuizar da vantagem ou desvantagem da colaboração de cada um no serviço divino da evolução e do aprimoramento.

Administração e obediência, responsabilidades de traçar e seguir são apenas subdivisões da mordomia conferida pelo Senhor aos tutelados.

O trabalho digno é a oportunidade santa. Dentro dos círculos do serviço, a atitude assumida pelo homem honrar-lhe-á ou desonrar-lhe-á a personalidade eterna, perante Jesus Cristo.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

MURMURAÇÕES

  
Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores.

É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia.

Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto-exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.

Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.

É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta.

É fácil identificá-los.

Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.

Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.

Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

TUA FÉ

  
É importante observar que o Divino Mestre, após o benefício dispensado, sempre se reporta ao prodígio da fé, patrimônio sublime daqueles que O procuram. 

Diversas vezes, ouvimo-lo na expressiva afirmação: – “A tua fé te salvou.” Doentes do corpo e da alma, depois do alívio ou da cura, escutam a frase generosa.  É que a vontade e a confiança do homem são poderosos fatores no desenvolvimento e iluminação da vida.

O navegante sem rumo e que em nada confia, somente poderá atingir algum porto em virtude do jogo das forças sobre as quais se equilibra, desconhecendo, porém, de maneira absoluta, o que lhe possa ocorrer.

O enfermo, descrente da ação de todos os remédios, é o primeiro a trabalhar contra a própria segurança. O homem que se mostra desalentado em todas as coisas, não deverá aguardar a cooperação útil de coisa alguma.

As almas vazias embalde reclamam o quinhão de felicidade que o mundo lhes deve. As negações em que perambulam transformam-nas, perante a vida, em zonas de amortecimento, quais isoladores em eletricidade. Passa corrente vitalizante, mas permanecem insensíveis.

Nos empreendimentos e necessidades de teu caminho, não te isoles nas posições negativas.

Jesus pode tudo, teus amigos verdadeiros farão o possível por ti; contudo, nem o Mestre e nem os companheiros realizarão em sentido integral a felicidade que ambicionas, sem o concurso de tua fé, porque também tu és filho do mesmo Deus, com as mesmas possibilidades de elevação.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 11 de abril de 2017

NINGUÉM SE RETIRA

 
A medida que o Mestre revelava novas características de sua doutrina de amor, os seguidores, então numerosos, penetravam mais vastos círculos no domínio da responsabilidade.

Muitos deles, em razão disso, receosos do dever que lhes caberia, afastaram-se, discretos, do cenáculo acolhedor de Cafarnaum.

O Cristo, entretanto, consciente das obrigações de ordem divina, longe de violar os princípios da liberdade, reuniu a pequena assembléia que restava e interrogou aos discípulos:

– Também vós quereis retirar-vos?

Foi nessa circunstância que Pedro emitiu a resposta sábia, para sempre gravada no edifício cristão.

Realmente, quem começa o serviço de espiritualidade superior com Jesus jamais sentirá emoções idênticas, a distância d’Ele. A sublime experiência, por vezes, pode ser interrompida, mas nunca aniquilada. Compelido em várias ocasiões por impositivos da zona física, o companheiro do Evangelho sofrerá acidentes espirituais submetendo-se a ligeiro estacionamento, contudo, não perderá definitivamente o caminho.

Quem comunga efetivamente no banquete da revelação cristã, em tempo algum olvidará o Mestre amoroso que lhe endereçou o convite.

Por este motivo, Simão Pedro perguntou com muita propriedade: Senhor, para quem iremos nós?

É que o mundo permanece repleto de filósofos, cientistas e reformadores de toda espécie, sem dúvida respeitáveis pelas concepções humanas avançadas de que se fazem pregoeiros; na maioria das situações, todavia, não passam de meros expositores de palavras transitórias, com reflexos em experiências efêmeras.

Cristo, porém, é o Salvador das almas e o Mestre dos corações e, com Ele, encontramos os roteiros da vida eterna.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

ANSIEDADES

 

As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra.

Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si.

Opondo-se às inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano.

Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.

Se a criatura refletisse mais sensatamente reconheceria o conteúdo de serviço que os momentos de cada dia lhe podem oferecer e saberia vigiar, com acentuado valor, os patrimônios próprios.

Indubitável que as paisagens se modificarão incessantemente, compelindo-nos a enfrentar surpresas desagradáveis, decorrentes de nossa atitude inadequada, na alegria ou na dor; contudo, representa impositivo da lei a nossa obrigação de prosseguir diariamente, na direção do bem.

A ansiedade tentará violentar corações generosos, porque as estradas terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil; entretanto, não nos esqueçamos da receita de Pedro.

Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós.

Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a união com os planos superiores, insistir por sintonizar-se com as esferas mais altas. Não olvides, porém, que a ansiedade precede sempre a ação de cair.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 9 de abril de 2017

CURAS



Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos discípulos.

Todavia, o Médico Celestial não se esqueceu de requisitar ao Reino Divino quantos se restauram nas deficiências humanas.

Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas, acima de tudo, o corretivo espiritual.

Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da saúde. Existe, porém, tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.

Permitiria o Senhor a constituição da harmonia celular apenas para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do espírito?

O enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais, entretanto, cabe-lhe conhecer a prudência e o valor dos elementos colocados à sua disposição na experiência edificante da Terra.

Há criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e choram aflitas, não porque desejem renovar concepções acerca dos sagrados fundamentos da vida, mas por se sentirem impossibilitadas de prolongar os próprios desatinos.

É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para seu espírito um novo dia no caminho redentor.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 8 de abril de 2017

ÊXITOS E INSUCESSOS


Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo de evidência. São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando, desastradamente, as oportunidades de elevação que a vida lhes confere.

Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar, com mais propriedade, os recursos materiais.

Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.

Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.

Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos, refere-se ao precioso imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundância.

O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes.

A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação.

Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou da escassez, o conteúdo divino.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

HÁ MUITA DIFERENÇA

 

É justo recomendar muito cuidado aos que se interessam pelas vantagens da política humana, reportando-se a Jesus e tentando explicar, pelo Evangelho, certos absurdos em matéria de teorias sociais.

Quase sempre, a lei humana se dirige ao governado, nesta fórmula: – “O que tens me pertence.”

O Cristianismo, porém, pela boca inspirada de Pedro, assevera aos ouvidos do próximo:

– “O que tenho, isso te dou.”

Já meditaste na grandeza do mundo, quando os homens estiverem resolvidos a dar do que possuem para o edifício da evolução universal?

Nos serviços da caridade comum, nas instituições de benemerência pública, raramente a criatura cede ao semelhante aquilo que lhe constitui propriedade intrínseca.

Para o serviço real do bem eterno, fiarse-á alguém nas posses perecíveis da Terra, em caráter absoluto?

O homem generoso distribuirá dinheiro e utilidades com os necessitados do seu caminho, entretanto, não fixará em si mesmo a luz e a alegria que nascem dessas dádivas, se as não realizou com o sentimento do amor, que, no fundo, é a sua riqueza imperecível e legítima.

Cada individualidade traz consigo as qualidades nobres que já conquistou e com que pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais de ordem superior.

Não olvides a palavra amorosa de Pedro e dá de ti mesmo, no esforço de salvação, porquanto quem espera pelo ouro ou pela prata, a fim de contribuir nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si próprio.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

NÓS E CÉSAR

 


Em todo lugar do mundo, o homem encontrará sempre, de acordo com os seus próprios merecimentos, a figura de César, simbolizada no governo estatal.

Maus homens, sem dúvida, produzirão maus estadistas.

Coletividades ociosas e indiferentes receberão administrações desorganizadas.

De qualquer modo, a influência de César cercará a criatura, reclamando-lhe a execução dos compromissos materiais.

É imprescindível dar-lhe o que lhe pertence.

O aprendiz do Evangelho não deve invocar princípios religiosos ou idealismo individual para eximir-se dessas obrigações.

Se há erros nas leis, lembremos a extensão de nossos débitos para com a Providência Divina e colaboremos com a governança humana, oferecendo-lhe o nosso concurso em trabalho e boa-vontade, conscientes de que desatenção ou revolta não nos resolvem os problemas.

Preferível é que o discípulo se sacrifique e sofra a demorar-se em atraso, ante as leis respeitáveis que o regem, transitoriamente, no plano físico, seja por indisciplina diante dos princípios estabelecidos ou por doentio entusiasmo que o tente a avançar demasiadamente na sua época.

Há decretos iníquos?

Recorda se já cooperaste com aqueles que te governam a paisagem material.

Vive em harmonia com os teus superiores e não te esqueças de que a melhor posição é a do equilíbrio.

Se pretendes viver retamente, não dês a César o vinagre da crítica acerba.

Ajuda-o com o teu trabalho eficiente, no sadio desejo de acertar, convicto de que ele e nós somos filhos do mesmo Deus.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

HOJE



O conselho da exortação recíproca, diária, indicado pelo apóstolo requisita bastante reflexão para que se não estabeleça guarida a certas dúvidas.

Salientemos que Paulo imprime singular importância ao tempo que se chama Hoje, destacando a necessidade de valorização dos recursos em movimento pelas nossas possibilidades no dia que passa.

Acreditam muitos que para aconselharem os irmãos necessitam falar sempre, transformando-se em discutidores contumazes.

Importa reconhecer, porém, que uma advertência, quando se constitua somente de palavras, deixa invariável vazio após sua passagem.

Qual ocorre no plano das organizações físicas, edificação espiritual alguma se levantará sem bases.

O “exortai-vos uns aos outros” representa um apelo mais importante que o simples chamamento aos duelos verbais.

Convites e conselhos transparecem, com mais força, do exemplo de cada um. Todo aquele que vive na prática real dos princípios nobres a que se devotou no mundo, que cumpre zelosamente os deveres contraídos e que demonstre o bem sinceramente, está exortando os irmãos em humanidade ao caminho de elevação. É para esse gênero de testemunho diário que o convertido de Damasco nos convoca. Somente por intermédio desse constante exercício de melhoria própria, libertar-se-á o homem de enganos fatais.

Não te endureças, pois, na estrada que o Senhor te levou a trilhar, em favor de teu resgate, aprimoramento e santificação. Recorda a importância do tempo que se chama Hoje.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 4 de abril de 2017

MAGNETISMO PESSOAL

 

Na atualidade, observamos toda uma plêiade de espiritualistas eminentes, espalhando conceitos relativos ao magnetismo pessoal, com tamanha estranheza, qual se estivéssemos perante verdadeira novidade do século 19.

Tal serviço de investigação e divulgação dos poderes ocultos do homem representa valioso concurso na obra educativa do presente e do futuro, no entanto, é preciso lembrar que a edificação não é nova.
 
Jesus, em sua passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração.

Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. D’Ele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes.

Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.

Se pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e das vivas demonstrações de Jesus.

Se intentas atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência legítima na Terra, santifica-tepela influência do Céu.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

EVITA CONTENDER

 

Foge aos que buscam demanda no serviço do Senhor.

Não estão eles à procura de claridade divina para o coração.

Apenas disputam louvor e destaque no terreno das considerações passageiras. Analisando as letras sagradas, não atraem recursos necessários à própria iluminação e, sim, os meios de se evidenciarem no personalismo inferior. Combatem os semelhantes que lhes não adotam a cartilha particular, atiram-se contra os serviços que lhes não guardam o controle direto, não colaboram senão do vértice para a base, não enxergam  vantagens   senão    nas   tarefas de que eles mesmos se incumbem. Estimam as longas discussões a propósito da colocação de uma vírgula e perdem dias imensos para descobrir as contradições aparentes dos escritores consagrados ao ideal de Jesus. Jamais dispõem de tempo para os serviços da humildade cristã, interessados que se acham na evidência pessoal. Encontram sempre grande estranheza na conjugação dos verbos ajudar, perdoar e servir. Fixam-se, invariavelmente, na zona imperfeita da humanidade e trazem azorragues nas mãos pelo mau gosto de vergastar. Contendem acerca de todas as particularidades da edificação evangélica e, quando surgem perspectivas de acordo construtivo, criam novos motivos de perturbação.

Os que se incorporam ao Evangelho Salvador, por espírito de contenda, são dos maiores e dos mais sutis adversários do Reino de Deus.

É indispensável a vigilância do aprendiz, a fim de que se não perca no desvario das palavras contundentes e inúteis.

Não estamos convocados a querelar e, sim, a servir e a aprender com o Mestre; nem fomos chamados à entronização do “eu”, mas, sim, a cumprir os desígnios superiores na construção do Reino Divino em nós.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 2 de abril de 2017

MÁS PALESTRAS


A conversação menos digna deixa sempre o traço da inferioridade por onde passou. A atmosfera de desconfiança substitui, imediatamente, o clima da serenidade, O veneno de investigações doentias espalha-se com rapidez. Depois da conversação indigna, há sempre menos sinceridade e menor expressão de força fraterna.

Em seu berço ignominioso, nascem os fantasmas da calúnia que escorregam por entre criaturas santamente intencionadas, tentando a destruição de lares honestos; surgem as preocupações inferiores que espiam de longe, enegrecendo atitudes respeitáveis; emerge a curiosidade criminosa, que comparece onde não é chamada, emitindo opiniões desabridas, induzindo os que a ouvem à mentira e à demência.

A má conversação corrompe os pensamentos mais dignos. As palestras proveitosas sofrem-lhe, em todos os lugares, a perseguição implacável, e imprescindível se torna manter-se o homem em guarda contra o seu assédio insistente e destruidor.

Quando o coração se entregou a Jesus, é muito fácil controlar os assuntos e eliminar as palavras aviltantes.

Examina sempre as sugestões verbais que te cercam no caminho diário. Trouxeram-te denúncias, más notícias, futilidades, relatórios malsãos da vida alheia?  Observa como ages. Em todas as ocasiões, há recurso para retificares amorosamente, porquanto podes renovar todo esse material, em Jesus Cristo.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cándido Xavier.

sábado, 1 de abril de 2017

JUSTAMENTE POR ISSO

 
O intercâmbio cada vez mais intensivo entre os chamados “vivos” e “mortos” constitui grande acontecimento para as organizações evangélicas de modo geral.

Não é tão-somente realização para a escola espiritista; pertence às comunidades do Cristianismo inteiro.

Por enquanto, anotamos aqui e ali protestos do dogmatismo organizado, entretanto, a revivescência da verdade assim o exige.

Toda aquisição tem seu preço e qualquer renovação encontra obstáculos espontâneos.

Dia virá em que as várias subdivisões do evangelismo compreenderão a divina finalidade do novo concerto.

O movimento de troca espiritual entre as duas esferas é cada vez mais dilatado. O devotamento dos desencarnados provoca a atenção dos encarnados.

O Senhor permitiu mundial Pentecostes para o reajustamento da realidade eterna.

Convém notar, contudo, que as vozes comovedoras e revigorantes do Além repetem, comumente, velhas fórmulas da Revelação e relembram o passado da Sabedoria terrestre, a fim de extrair conceituação mais respeitável referentemente à vida.

É neste ponto que recordamos as palavras de João, interrogando sinceramente: comunicar-se-ão
os “mortos” com os “vivos”, porque os homens ignoram a verdade?

Isso não.

Se os que partem falam novamente aos que ficam é que estes conhecem o caminho da redenção com Jesus, mas não se animam, nem se decidem a trilhá-lo.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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