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"Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia-a-dia." - Bezerra de Menezes

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terça-feira, 3 de abril de 2018

NUNCA RECLAMAR


Pedir com exigência é agressividade que contradiz o bom comportamento e, quando a fonte doadora se agasta pelo modo com que se lhe é solicitado, quem pede passa a detratar o companheiro ofertante. Eis porque nunca devemos reclamar por não sermos atendidos no que desejamos receber. A vida sabe repartir para cada criatura o que mais ela necessita.

O clima de amor e de caridade começa a se desfazer quando há protesto. Acompanhar o Cristo é carregar um lenho pesado no calvário da vida. Isso é para o destemido que somente visualiza em seus caminhos o amor.

As conseqüências que surgem no empuxo evolutivo são inúmeras. Os problemas são diversos; as contrariedades são incontáveis, para testar o que deseja se iniciar nos valores do Grande Mestre.

Não deveis detrair a ninguém, pelo simples acontecimento de não ter satisfeito o vosso pedido ou a vossa vaidade. Aprendei a esperar e, principalmente, a conquistar o que possa vos garantir um futuro cheio de alegria e de paz. A bondade de Deus é tamanha, que não esquece de nenhum dos filhos ou coisa criada. Alimenta todas as leis com o vigor da Sua própria vida e facilita a sabedoria e a compreensão para todos os espíritos saídos de Suas mãos santificantes.

A existência é uma escola que coordena todos os meios de instruir as almas. E é essa instrução que buscamos para complementar o que aprendemos em todas as nossas existências, em variados lugares e diferentes planos, para que possamos chegar ao amor, dom supremo que parte de Deus, luz que alimenta toda a criação.

A verdadeira saúde do espírito se consolida no cumprimento dos deveres ante a paternidade suprema, que nunca se esquece do que precisamos nos moldes da fraternidade e ainda nos dá condições para fazermos a nossa parte, a qual representa a maior parcela no grande campo do aprendizado.

Aqui focalizamos com mais profundidade a função perigosa da exigência. Ela distorce os talentos já em crescimento na cidade do coração. Estamos ao lado dos que acham que devem reclamar os seus direitos, mas não concordamos com as vias que os homens costumam trilhar: a violência e a agressividade pioram a situação, provocando inimizade que cresce de geração para geração e nunca satisfaz nem aos reclamantes nem aos reclamados. Nesse clima de briga e de ódio, cessa a fraternidade, acirram-se os ânimos, esquece-se o perdão e passa a não existir o amor. O ambiente fica sem Deus e Cristo e todos sofrem a exaltação da ignorância.

A plataforma da corte celestial em benefício da humanidade é aquela que educa e instrui, nos moldes do Evangelho de Jesus, que também não exige que todos se transformem em anjos num estalar de dedos. Que isso ocorra gradativamente, porém, com persistência.


Nesta página, falamos da supressão da exigência, visando o bem-estar das criaturas que desejam a própria paz. Reconhecemos que, quando estamos na carne, ela tolda sobremodo as nossas qualidades mais nobres, no entanto, a proteção nos é facultada com maior interesse, para que acordemos os talentos no coração e o amor, como Cristo nos ensinou. A opressão nos fluidos da carne é para mostrar ao homem os valores do espírito. Reencarnar é ingressar nas sendas do aprendizado maior. Os espíritos superiores nos assistem constantemente para que tenhamos mais aproveitamento e esse intercâmbio dos dois mundos é um fato que não depende, de certa forma, dos homens, mas da vontade de Deus.

Aprimoremos essa realidade, para sentirmos a vida na sua extensão divina e, neste transe, encontraremos doações de todos os tipos, sem que reclamemos a presença da bondade e do amor dos que nos cercam vindos de esferas elevadas.

Jamais devemos reclamar de grande parte do que pretendemos, por não haver chegado a hora, ainda, de as recebermos. A vida nunca negou nem negará a quem merece, na urgência das suas necessidades.

Conscientizemo-nos, pois, de que Deus é Pai de justiça e esplendente de amor a todos os Seus filhos.

Ditado pelo Espírito Miramez. Do livro 'Saúde'. Psicografia de João Nunes Maia.
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