Páginas

Nota


"Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia-a-dia." - Bezerra de Menezes

Seguidores

quinta-feira, 4 de maio de 2017

NO PARAÍSO

 

À primeira vista, parece que Jesus se inclinou para o chamado bom ladrão, através da simpatia particular.

Mas, não é assim.

O Mestre, nessa lição do Calvário, renovou a definição de paraíso.

Noutra passagem, Ele mesmo asseverou que o Reino Divino não surge com aparências exteriores. Inicia-se, desenvolve-se e consolida-se, em resplendores eternos, no imo do coração.

Naquela hora de sacrifício culminante, o bom ladrão rendeu-se incondicionalmente a Jesus Cristo. O leitor do Evangelho não se informa, com respeito aos porfiados trabalhos e às responsabilidades novas que lhe pesariam nos ombros, de modo a cimentar a união com o Salvador, todavia, convence-se de que daquele momento em diante o ex-malfeitor penetrará o céu.

O símbolo é formoso e profundo e dá idéia da infinita extensão da Divina Misericórdia.

Podemos apresentar-nos com volumosa bagagem de débitos do passado escuro, ante a verdade; mas desde o instante em que nos rendemos aos desígnios do Senhor, aceitando sinceramente o dever da própria regeneração, avançamos para região espiritual diferente, onde todo jugo é suave e todo fardo é leve. Chegado a essa altura, o espírito endividado não permanecerá em falsa atitude beatífica, reconhecendo, acima de tudo, que, com Jesus, o sofrimento é retificação e as cruzes são claridades imortais.

Eis o motivo pelo qual o bom ladrão, naquela mesma hora, ingressou nas excelsitudes do paraíso.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...